ALTERAÇÕES ASTROCITÁRIAS NA EPILEPTOGÊNESE

Publicado em 05/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-136-8

Título do Trabalho
ALTERAÇÕES ASTROCITÁRIAS NA EPILEPTOGÊNESE
Autores
  • Miguel Gonçalves Barbosa Neto
  • Nilson Martins Da Silva Filho
  • Guilherme Pinheiro Da Silva
  • Georges Badin Hofmeister
  • Douglas Oliveira Morais
  • CARLOS MIGUEL PIROVANI JÚNIOR
  • GENESSON DOS SANTOS BARRETO*
Modalidade
Revisão de Literatura (simples, sistemática, integrativa e meta-análise)
Área temática
Neurofisiologia
Data de Publicação
05/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://meuevento.unemat.br/anais/conen/270327-alteracoes-astrocitarias-na-epileptogenese
ISBN
978-65-5941-136-8
Palavras-Chave
astrocytes activation, epilepsy, gliosis
Resumo
Introdução: Por décadas, o estudo da epilepsia se concentrou na elucidação do papel das redes neuronais na etiologia do evento epiléptico. A principal teoria aventada afirma que os disparos hiperssincrônicos resultariam de um desequilíbrio excitatório-inibitório1. Dessa forma, foram descritas várias alterações biológicas envolvidas nesse desbalanço, como a plasticidade axônica, alterações nos canais iônicos e mudança na rede neuronal2. Entretanto, recentemente, evidências de contribuições não neuronais à epilepsia surgiram com notável frequência. Há indícios de que o ambiente neuronal está criticamente alterado na epilepsia e pode estar envolvida na gênese da doença3. Sendo assim, convém discutir a função astrocitária (essencial para a modulação neuronal) alterada e sua relevância na epileptogênese. Métodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados PUBMED por artigos que abordassem as alterações astrocitárias na gênese da doença epiléptica, usando os descritores: astrocytes activation, epilepsy, gliosis. Além disso, utilizou-se o operador booleano ‘AND’ entre os termos. Foram selecionados, desta forma, 4 publicações para constituir este artigo. Discussão: A função essencial de tamponar altas concentrações K+ produzido pelo processo neuronal está alterado na epilepsia. Elevadas [K+] reduz o limiar de despolarização da membrana dos neurônios. Para tal, há achados em pacientes epilépticos de redução da expressão da subunidade Kir4.1 com consequente perda de função dos canais Kir (transportadores de K+) e redução dos canais de aquaporina (AQP4), osmoticamente ligadas à dissipação da carga de K+3,4. Outros mecanismos contribuintes incluem a função alterada dos transportadores de glutamato na membrana astrocítica (EAAT1 e EAAT2) e falha na degradação do glutamato, ambos culminando no excesso de glutamato extracelular e seu papel mantenedor da atividade convulsiva5. Por fim, há alteração da resposta GABAérgica para excitatória, com alteração da função dos canais de cloreto, predominando o subtipo NKCC1, responsável pela entrada do íon e sua despolarização da membrana6. Conclusão: É coerente afirmar que as alterações astrocitárias possuem um papel ímpar na transformação de um cérebro epiléptico. Contudo, aindafaz-se necessário o estudo aprofundado das relações glias-neuronais e epilepsia e a possível aplicação desses conceitos na terapêutica da síndrome epiléptica.
Título do Evento
I Congresso Online de Neurologia e Neurocirurgia
Título dos Anais do Evento
Anais do l Congresso Online de Neurologia e Neurocirurgia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

NETO, Miguel Gonçalves Barbosa et al.. ALTERAÇÕES ASTROCITÁRIAS NA EPILEPTOGÊNESE.. In: Anais do l Congresso Online de Neurologia e Neurocirurgia. Anais...Caramujo (Cáceres)(MT) UNEMAT, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/conen/270327-ALTERACOES-ASTROCITARIAS-NA-EPILEPTOGENESE. Acesso em: 07/05/2025

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